sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Viagem - ALDEIA DE Piódão

... continuação da postagem anterior.
Ao entrar na aldeia
Esta aldeia beirã “que sou” sobressai de uma mancha acastanhada e cinzenta de xisto que contrasta com imensos verdes.
“Sou” a ausência de monumentos. O que faz de “mim própria” o maior monumento de Piódão, e “sou” o orgulho das suas gentes.


“As minhas” ruelas e recantos
“Eu” envaideço-me das minhas ruelas e recantos onde muitos seres humanos se perdem de sensibilidade contagiados pela serenidade e fazem-me assistir a comportamentos dominados pelo inconsciente.
Estes “meus” recantos e ruelas inundados de beijos de namorados incontáveis contrastam com a enorme presunção social de quem pouco ou nada faz por tudo o que é puro e cristalino.
Aqui nesta aldeia de Piódão “que eu sou” dá para sentir tanta inconstância entre os princípios da natureza e do homem.
A dona deste trabalho apaixonada por “mim” sente saudades minhas como se eu fosse um seu ente querido. Quando ela me visita sou beijada e possuída pela ânsia de “me” rever de novo.
Entender isto só é possível quando se adora alguém ou algo. Esta paixão por “mim” levou-a a dedicar-me imensas palavras muito profundas em prosa e verso. Aqui vos o seu lindo.

Durmo à sombra do tempo
o momento se imortaliza.
Sinto a tua doce brisa,
moro onde tu moras.
Quase sinto que me adoras
teu silêncio invade o meu luar.
A minha noite, te quer saudar.
Sinto-te sem te ver
Meu Piódão, sem ser.

Melhor que eu, sabes que não minto
eu que te ouço por instinto.

2 comentários:

MEU DOCE AMOR disse...

Belas viagens.Enriquecedoras.

Um beijo doce

Sol da meia noite disse...

Lugar paradisíaco...

Beijinhos!